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Desabafos,,

Da vida não quero muito. Quero apenas saber que tentei tudo o que quis, tive tudo o que pude, amei tudo o que valia a pena e perdi apenas o que, no fundo, nunca foi meu.

Desabafos,,

Da vida não quero muito. Quero apenas saber que tentei tudo o que quis, tive tudo o que pude, amei tudo o que valia a pena e perdi apenas o que, no fundo, nunca foi meu.

Saudades, tantas!!

M. Martins, 29.11.20

 

Os dias negros da vida!!
Acontece na vida não sabermos como,ou quando será o dia mais negro, podemos imaginar e imaginamos,,”como será, como vou reagir quando isto ou aquilo acontecer”!, sim, porque a morte, é disso que falo,é um acontecimento reservado a todos,mas chegado o momento nunca estamos preparados, para aceitar o acontecimento.

Passou por mim, muito recentemente, um acontecimento tão doloroso, que acabou por passar a ser o dia mais  negro da minha vida, tão negro como nunca imaginei.
Na vida tive alguns dias negros, talvez o mais negra até agora tenha sido quando a equipa do IPO  em Coimbra , já lá vão sete anos, me informou, “lamentamos dizer-lhe isto, mas o sr tem cancro no pulmão”, ! mas o mais negro foi há pouco menos de dois meses quando atendi o meu telemóvel  e do outro lado ouvi esta frase “fala do hospital de S João, é para o informar que a sua mãe acabou de  falecer”, agora sim , um manto de escuridão , qual nuvem prediluviana, caiu sobre mim, sim, ficou tudo tão escuro, ainda hoje essa nuvem teima em passar, por mim e me recorda esse dia.

Eu sei, sei que muitos de vós  já passaram por isto, mas também sei que, tal como eu, sabem que não há forma de descrever a escuridão em que esta frase, dita assim de forma tão impessoal, nos coloca.como tal não vou nem tentar explicar.

Eu não perdi  a minha mãe, eu perdi a mulher da minha vida, a mulher que foi mãe, foi pai, foi amiga, foi confidente, a mulher que nunca me abandonou, a não ser agora que não conseguiu esquivar á sua sorte, que é a de todos nós.

Dói, dói muito, passará, espero, e virá a saudade e depois as boas lembranças, mas nunca esquecerei, não vai ser possível esquecer, o dia mais negro da minha vida.

“Até amanhã minha mãe, se Deus quiser “

Poema do Lavrador de Palavras Aos Políticos

M. Martins, 27.11.20

não me perguntem coisas daquelas que eu não creia
não me perguntem coisas daquelas que não sei
remeto para os senhores as decisões do mundo
tais como governar, fazer decretos lei

no meio da tempestade no meio das sapiências
se poeta nasci, poeta morrerei
nem homem de gravata nem homem de ciências
apenas de mim próprio, e pouco, serei rei

das decisões do mundo lerei o que entender
que dentro de mim mesmo às vezes nasce um rio
e é esse desafio que nunca hei-de esquecer
e é essa a diferença que faz o meu feitio

mas digam por favor de onde nasce o sol
que eu basta-me o calor - para lá me voltarei
e saibam já agora que se eu lavrar a terra
me bastará que chova que o resto eu o farei
e digam por favor se o céu inda nos cobre
e bastará o azul que em ave me tornei

mantenham com cuidado as árvores e estradas
pr´a gente poder ver, p´ra gente circular
que eu basta-me saúde e o sonho tão distante
e a boca perturbante que tu me sabes dar

e a festa de viver e o gozo e a paisagem
desta curva do Tejo, soprando a brisa leve
e na tranquilidade assim desta viagem
parar-se o tempo aqui, eterno, fresco e breve

que eu voo por toda a parte mas noutro horizonte
e vivo as coisas simples e rio-me da ambição
e ao fim de tanto ver, escolherei um monte
de onde assistirei, sorrindo, ao vosso enfarte

da ânsia de possuir, da ânsia de mostrar,
da ânsia da importância, da ânsia de mandar

e digam por favor de onde nasce o sol
que eu basta-me o calor - para lá me voltarei
e saibam já agora que se eu lavrar a terra
me bastará que chova que o resto eu o farei
e digam por favor se o céu inda nos cobre
e bastará o azul que em ave me tornei

Pedro Barroso

A Divina Inveja

M. Martins, 24.11.20

 Bernardo Soares

A DIVINA INVEJA

L. do D.

 

A DIVINA INVEJA

 

Sempre que tenho uma sensação agradável cm companhia de outros, invejo-lhes a parte que tiveram nessa sensação. Parece-me um impudor que eles sentissem o mesmo do que eu, que me devassassem a alma por intermédio da alma, unissonamente sentindo.

A grande dificuldade do orgulho que para mim oferece a contemplação das paisagens, é a dolorosa circunstância de já as haver com certeza contemplado alguém com um intuito igual.

A horas diferentes, é certo, e em outros dias. Mas fazem-me notar como seria acariciar-me e amansar-me com uma escolástica que sou superior a merecer. Sei que pouco importa a diferença, que com o mesmo espírito em olhar, outros tiveram ante a paisagem um modo de ver, não como, mas parecido com o meu.

Esforço-me por isso para alterar sempre o que vejo de modo a tomá-lo irrefragavelmente meu — de alterar, mentindo — o momento belo e na mesma ordem de linha de beleza, a linha do perfil das montanhas; de substituir certas árvores e flores por outras, vastamente as mesmas diferentissimamente; de ver outras cores de efeito idêntico no poente — e assim crio, de educado que estou, e com o próprio gesto de olhar com que espontaneamente vejo, um modo interior do exterior.

Isto, porém, é o grau ínfimo de substituição do visível. Nos meus bons e abandonados momentos de sonho arquitecto muito mais.

Faço a paisagem ter para mim os efeitos da música, evocar-me imagens visuais — curioso e dificílimo triunfo do êxtase, tão difícil porque o agente evocativo é da mesma ordem de sensações que o que há-de evocar. O meu triunfo máximo no género foi quando, a cena hora ambígua de aspecto e luz olhando para o Cais do Sodré nitidamente o vi um pagode chinês com estranhos guizos nas pontas dos telhados como chapéus absurdos — curioso pagode chinês pintado no espaço, sobre o espaço cetim, não sei como, sobre o espaço que perdura a abominável terceira dimensão.

E a hora cheira-me verdadeiramente a um ruído [...] e longínquo e com uma grande inveja de realidade...

 

O Congresso

M. Martins, 21.11.20

O Chega é o fenómeno ascensional que é porque a comunicação social assim o faz. O PCP passa por um percurso inverso porque a comunicação social o esconde. As iniciativas do PCP raramente são notícia por elas próprias e quando o são é por razões adjacentes, como se fossem uma coisa má ou arrastassem algo de mal. Ao outro, basta-lhe dar um traque no Parlamento e logo é objeto de notícia, de alargado debate, será que vai infetar o PSD ou apenas se irá sentir o efeito mais além? Em que medida é que tal acontecimento vai atingir o Governo? E pronto, temos conversa para uma semana, a alimentar fóruns e espaços de comentário.

Ocorreu-me tudo isto por reação a uma notícia do Público, de hoje, que até teve honras de primeira página – O Congresso do PCP. Não se pense que o Público foi saber, para nos informar, quais as propostas, as ideias, os planos que o PCP vai discutir para orientar a sua ação e em que medida isso pode ter impacto político na vida nacional. Não, o que interessou foi informar que “PCP não fará testes nem medição de temperatura”. Depois é uma página inteira, mesmo inteira, a descrever as condições logísticas do espaço do Congresso, para se poder concluir pelo descrédito do organizador do evento e por consequência pela descredibilização do mesmo. Quanto ao conteúdo do Congresso, nada de nada. Ou seja, para o Público o Congresso do PCP é notícia porque permite desacreditar a ação do PCP. Com a Festa do Avante foi muito pior, foram meses, páginas e páginas. 

 Tudo isto está ao nível daqueles que comparam a participação no Congresso com a ida a um supermercado ou os que consideram que o Governo está a fazer um frete ao PCP porque proíbe a liberdade a uns e deixa o PCP realizar o Congresso. Ora, uns e outros sabem que mentem porque conhecem a lei que proíbe que, em caso algum, os partidos sejam impedidos de realizar Congressos ou outros eventos políticos, mesmo em tempos de pandemia. Ou seja, a realização de um Congresso depende da vontade do Partido que o promove contra a qual nenhum Governo pode proibir.

É altamente provável que o Público, os analistas do Público e de todos os outros quadrantes, que escondem o PCP, é provável que numa próxima noite de eleições e face aos resultados apareçam a concluir pela queda eleitoral do PCP, queda para a qual contribuíram numa proporção equivalente à da subida do Chega, que tanto promoveram.

Nota: Não sou nunca fui militante do PCP ou de qualquer outro partido
(roubado) a "incursões"

A liberdade, o mar, o abismo,,,

M. Martins, 20.11.20

 

Um dia perguntaram-me de que é que eu mais gostava. Houve um silêncio dentro de mim. Gostava de muita coisa e, em simultâneo, parecia que não gostava de nada, verdadeiramente.
A liberdade, o mar, o abismo estonteante do devir eram traves mestras do meu ser, como o são para qualquer outro, não se distinguindo propriamente de forma suficientemente peculiar para que as pudesse identificar como caracteristicamente minhas.
Foi como quando perguntam a uma criança "E quando fores grande, o que queres ser?" E a criança fica com aquele ar embaraçado, porque não conhece a base de dados das coisas que se pode ser quando se é grande... Ou então quer ser tanta coisa que não consegue escolher. A pergunta parece-lhe apontar para uma resposta fechada, concreta, e logo previsível, mas, para a criança, a resposta pode estar muito para além do seu horizonte conceptual.
Aquilo de que se gosta mais é uma questão muito semelhante. No entanto, há pessoas que sabem muito bem responder a esta pergunta e, geralmente, são bem sucedidas. O José Mourinho, por exemplo, é óbvio que tem paixão por aquilo que faz. E é bem sucedido. Salvador Dali tinha uma paixão pela extravagância que, artisticamente, persiste na nossa memória. Mozart gostava tanto da música que ainda hoje nos enfeitiça com a sua Flauta Mágica... Coco Chanel encantou-se e encantou-nos criando e inovando no mundo da Moda, entre tantos outros…

Desafio-vos a descobrir, bem lá no fundo de que é que mais gostam. Se tivessem que abdicar de tudo na vida, o que restaria? Se pudessem escolher uma nova vida, se não tivessem compromissos, nem relações ou contratos, se pudessem fazer ou ser o que quisessem, só porque sim, o que seria? Sim, qual é, de facto, a vossa paixão ou talento? Lá, no fundo, de que é que mais gostam?

Confesso que não soube logo o que responder. E fiquei a pensar muito tempo no assunto e só quando parei de pensar, houve uma ideia que me saltou à memória, num movimento parecido com o de uma bola que é empurrada para o fundo do mar e, quando já nos esquecemos dela, subitamente regressa à superfície. Abriu-se como um bolinho da sorte e assim “lembrei-me” que aquilo de que mais gostava era de aprender. Não era só aprender, era aprender com prazer, era paixão de aprender.
Penso que tenho sorte. Parece-me, também, que nos falta descobrir como devolver esta paixão de aprender, tão frequente nas crianças, a quem nos aparece, em adulto, com motivações extrínsecas: ascensão na carreira, arranjar um emprego, a sociedade insiste, a família e os amigos dizem que é melhor… Trata-se de um desafio difícil, estimular motivações intrínsecas, mas é por uma causa nobre…

autor: desconhecido,,

Afinal era solidão

M. Martins, 17.11.20

Afinal era solidão 

 

Aqui a uns dias aconteceu uma situação que me fez parar e  pensar.

Estava eu absorvido na leitura de um dos vários  livros que sempre tenho a mão ali pela sala, neste  caso era o Milénio, de Tom Holland, quando toca o meu telemóvel, o celular, como dizem os nossos amigos do outro lado atlântico.

Com alguma ansiedade atendi, ansiedade e receio, porque da última vez que senti tal ansiedade o “celular”deu-me um péssima notícia, falarei disso noutra altura;, levei o aparelho ao ouvido mesmo sem ver quem era o remetente e ouço do outro lado uma voz  masculina que não me soou familiar.” Estou, és tu meu caro”! exclamou a voz , sou, disse eu, mas  por mais que tentasse  não conseguia  identificar a voz  nem  adivinhar com quem estava  a falar,  a voz continuava a não me soar familiar. Olá , daqui fala o Zé, sabes, eu já andava faz algum tempo para te ligar mas a vida nem sempre nos deixa fazer aquilo que queremos, agora é uma coisa depois vem outra, tu, tu sabes como é .Sabes, a minha mulher, lembras-te dela,? a minha Zezé,! faleceu, pois foi, decerto tu ainda não sabias, pois não, eu sei que se soubesses já me tinhas ligado. Olha, sabes, desde aí que pra qui estou sozinho, os meus filhos parece que se esqueceram de mim, eu sei que a vida não está fácil, é a pandemia, são os empregos, as crianças, tu já sabes que eu tenho netos, pois sabes, mas olha eu quase não os vejo, já pouco me lembro das feições deles, olha eu nem sei se são empregados ou desempregados, não sei não, não  me dizem nada, olha, tu por acaso não tens estado com eles, se estiveres fala-lhes de mim”. Eu disse que não, não tenho estado com eles,e sim, se os vir direi!

Eu acho que o Zé já não ouviu o que eu disse porque a chamada caiu, não sei se foi o Zé que desligou ou se ficou sem bateria no “celular”. Eu ainda penso que o Zé me estaria a ligar de um telemóvel, podia ser de um fixo, não sei porque no meu telemóvel não apareceu qualquer número.

Foram três ou quatro minutos de conversa em que praticamente só um falou, o Zé. Eu quero deixar uma promessa ao Ze ;, olha Zé, quando encontrar os teus filhos vou-lhes falar de ti e desta conversa que tivemos, e  Zé , não tenhas problemas em ligar, liga sempre que precisares de falar, prometo ser o ouvinte que “sempre fui”!!

O Zé não vai voltar a ligar, não que não queira ou precise, o Zé não volta a ligar porque ele não tem o meu número na memória e eu também não posso ligar ao Zé porque o número dele é privado. De uma coisa eu tenho a certeza, eu não conheço o Zé e ele também não me conhece a mim.

Afinal o Zé só precisava de falar com alguém,  a escolha, que foi  ao acaso, acabou por recair em mim, ou melhor, no meu telemóvel.

Afinal o Zé só precisava de falar com alguém porque sofre de uma doença chamada solidão!,

um abraço Zé, fica bem e liga sempre que precisares,,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Manuel Martins

Segundo a exame informática,,

M. Martins, 17.11.20



Cancelamento de pequenos ajuntamentos é a medida mais eficaz no controle da pandemia, conclui novo estudo

Getty Images
Já o aumento da capacidade de testagem e a lavagem de superfícies se mostrou muito pouco relevante na mitigação da propagação do SARS-CoV-2. Estudo publicado na revista Nature Human Behaviour analisou medidas tomadas em 79 países e chegou a uma lista do que funciona e do que praticamente não faz diferença
 

Enquanto não chega a vacina, a forma de evitar a propagação do SARS-CoV-2 passa exclusivamente por medidas comportamentais. Umas assumidas de forma voluntária e individual, outras tornadas obrigatórias pelos governos. Mas afinal o que é que verdadeiramente funciona? Uma equipa de cientistas olhou para os dados referentes a 79 países e regiões dos EUA e fez uma lista daquilo a que chamou Intervenções Não Farmacológicas (NPIs na sigla em inglês) e foi ver o que de facto teve impacto na mitigação da pandemia, nomeadamente ao nível da taxa de transmissão do vírus, o Rt.

A medida número um, que mais impacto tem na mitigação da transmissão, é o cancelamento de encontros entre pequenos grupos, de acordo com o artigo publicado na revista Nature Human Behaviour. Logo a seguir vem o encerramento dos estabelecimentos de ensino como a estratégia mais eficaz de controle da pandemia.

Para chegarem a estas conclusões, a equipa coordenada pelo professor da Faculdade de Medicina de Viena, Peter Klimek, usou quatro modelos computacionais para avaliar o efeito de 6068 tipos de intervenções não farmacológicas, implementadas entre março e abril deste ano, em 79 países ou regiões. Os quatro modelos apontaram todos na mesma direção: cancelar pequenos ajuntamentos é a forma mais eficaz de limitar a propagação. Depois do fecho das escolas, que aparece, consistentemente em segundo, está a restrição trans-fronteiriça, as restrições ao movimento individual, o confinamento nacional e o reforço dos equipamentos de proteção individual, perfazendo a lista das seis medidas com maior impacto na mitigação da propagação. Já a limpeza e desinfeção de superfícies comuns mostrou ser uma medida praticamente inútil – o que acaba por ir ao encontro de evidência científica que tem vindo a apontar para o facto de a transmissão a partir de contacto com superfícies ser extremamente rara, como refere o CDC na sua página.

Aumentar a capacidade de testagem e avaliar sintomas nos aeroportos também tem pouco ou nenhum impacto na evolução da epidemia. Por outro lado, uma estratégia de comunicação eficaz, que envolva os cidadãos, assim como medidas de apoio às populações socialmente mais vulneráveis, podem ser tão eficazes como estratégias mais restritivas e limitadoras.

Os autores reforçam, no entanto, que nenhuma medida individual irá prevenir a propagação da Covid-19, mas antes uma combinação de intervenções, adequados ao país. Também realçam que estas conclusões se referem àquele período específico em análise.

Hoje o meu desabafo é de parabéns

M. Martins, 16.11.20

A câmara de Vila Nova de Gaia vai substituir as festas natalícias por entrega de vouchers a gastar no comércio local e utilizar o que sobrar da verba alocada ao Natal para apoiar as instituições de solidariedade social.

"Não vamos ter praça de Natal, nem roda gigante, nem pista de gelo, mas precisamos de um sinal de esperança. Teremos um 'camião parada' a percorrer todas as escolas do concelho com o Pai Natal para dar prendinhas às crianças. Já cada funcionário do Município em vez de receber o tradicional cabaz de Natal terá um 'voucher' de 30 euros para utilização no comércio tradicional de Gaia", revelou hoje o presidente da câmara de Gaia.

Eduardo Vítor Rodrigues, que falava numa reunião camarária que decorreu por videoconferência devido à pandemia da covid-19, contou que relativamente ao Natal decidiu manter a iluminação "de forma a dar vida às ruas e ajudar os comerciantes", num investimento de 340 mil euros.

"As luzes serão ligadas no início de dezembro em dia e hora que não será revelada para evitar ajuntamentos", revelou, no final da reunião, Eduardo Vítor Rodrigues que quanto ao valor que "sobra", cerca de 350 mil euros, do orçamento para atividades, disse que será "integramente utilizado no apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)".

"Ao dia de hoje há IPSS que estão com dificuldade em saber como vão pagar o subsídio de natal aos trabalhadores. O Município não vai virar as costas. Esperemos que a Segurança Social também não", referiu o autarca.

Além de apoio financeiro, a autarquia vai financiar os cabazes alimentares que serão distribuídos às famílias pelas IPSS.

Quanto aos vouchers a gastar no comércio local serão distribuídos a mais de dois milhares de funcionários camarários, num total a rondar os 100 mil euros de investimento.

Já o "camião parada" vai passar por 105 escolas básicas, num total de 15 mil alunos.


A câmara de Vila Nova de Gaia vai substituir as festas natalícias por entrega de vouchers a gastar no comércio local e utilizar o que sobrar da verba alocada ao Natal para apoiar as instituições de solidariedade social.

"Não vamos ter praça de Natal, nem roda gigante, nem pista de gelo, mas precisamos de um sinal de esperança. Teremos um 'camião parada' a percorrer todas as escolas do concelho com o Pai Natal para dar prendinhas às crianças. Já cada funcionário do Município em vez de receber o tradicional cabaz de Natal terá um 'voucher' de 30 euros para utilização no comércio tradicional de Gaia", revelou hoje o presidente da câmara de Gaia.

Eduardo Vítor Rodrigues, que falava numa reunião camarária que decorreu por videoconferência devido à pandemia da covid-19, contou que relativamente ao Natal decidiu manter a iluminação "de forma a dar vida às ruas e ajudar os comerciantes", num investimento de 340 mil euros.

"As luzes serão ligadas no início de dezembro em dia e hora que não será revelada para evitar ajuntamentos", revelou, no final da reunião, Eduardo Vítor Rodrigues que quanto ao valor que "sobra", cerca de 350 mil euros, do orçamento para atividades, disse que será "integramente utilizado no apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)".

"Ao dia de hoje há IPSS que estão com dificuldade em saber como vão pagar o subsídio de natal aos trabalhadores. O Município não vai virar as costas. Esperemos que a Segurança Social também não", referiu o autarca.

Além de apoio financeiro, a autarquia vai financiar os cabazes alimentares que serão distribuídos às famílias pelas IPSS.

Quanto aos vouchers a gastar no comércio local serão distribuídos a mais de dois milhares de funcionários camarários, num total a rondar os 100 mil euros de investimento.

Já o "camião parada" vai passar por 105 escolas básicas, num total de 15 mil alunos.

[in jornal notícias.]

 

Poema em linha reta

M. Martins, 11.11.20

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Fernando Pessoa
 
 
 

Os anti vermelhos

M. Martins, 10.11.20

Não, não comecem já a pensar que o meu post de hoje tem algo haver com política, ou ainda pior, com futebol. Não os meus desabafos são incolores e se algum tom de cor lhe quiserem atribuir, então que seja cinza porque é a minha cor preferida.

   Não, eu hoje quero desabafar a propósito de SEMÁFOROS,,sabem aquelas coisas tipo postes de iluminação ,mas assim. mais baixos e com três luzes de cores diferentes, uma vermelha, outra amarela e por fim uma verde, é isso mesmo, são mesmo esses. Pois ultimamente tenho vindo assistir a algumas, muitas para meu gosto, cenas de desrespeito por estes postes. É verdade que eles são, regra geral, muito irritantes, é também verdade que alguém achou por bem colocar estas peças em determinado local só porque  ficavam bem dois, ou até três quando um chegava, pronto, está bem, é irritante, mas eles estam lá, e se estão  lá temos que os respeitar.

     para manter a minha sanidade mental e principalmente física , faço as minhas caminhadas diárias, de preferência solitárias, gosto mais assim, sou uma pessoa algo imprevisível, até nas caminhadas,decido sempre em cima da hora qual o caminho por onde vou, mas ultimamente e fruto desta maldita coisa a que resolveram chamar pamdemia, as minhas caminhadas, embora cada vez mais longas no tempo, acontecem num circuito mais doméstico. É no decurso destas caminhadas e num determinado local por onde passo que assisto ao maior desrespeito por estes "postes" com três luzes de cores diferentes. Melhor, o desrespeito revela-se apenas em relação ao vermelho, muito poucos tenhem consideração  pelo sinal vermelho, se está verde é amigo, vai de passar, se é amarelo, vá lá! o amarelo nem é uma coisa nem outra é amarelo!,agora o vermelho, irra, o vermelho só irrita.

Abaixo o vermelho, e então se um pião  está  com um pé, ou os dois na passadeira,, bom aí então, abaixo o vermelho e que vivam os "anti vermelhos"

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