Que raio de País é este?
Que raio de País é este?
Marcelo PR, líder incontestado da direita e facilitador da aliança com a extrema-direita, fez jogo perigoso com a PGR para levar à demissão do PM e, depois da conversa com o PM, ainda não divulgada no Expresso, comprometeu o Banco de Portugal através dos danos colaterais ao Governador com a vichyssoise confecionada para dissolver a AR.
Paulo Rangel, eurodeputado do PSD, foi a Madrid discursar na manifestação de protesto da direita e extrema-direita contra a tomada de posse do PM Pedro Sanchez. Terminou apelando à resistência nas ruas contra o Governo legal, na demostração do que a direita mais truculenta é capaz. (Rangel foi o homem de mão do PR contra Rui Rio).
Um dos candidatos que a direita dá como derrotado na corrida à liderança do PS, já é calorosamente defendido pelos cúmplices do golpe de Estado que levou à demissão do PM por usar os seus argumentos na campanha eleitoral em curso.
Hoje, doze dias depois de a PGR ter demitido o PM através do afrontoso parágrafo de um comunicado mantém-se em funções, com o PR a agradecer-lhe a dissolução da AR.
Não podendo a direita e a extrema-direita agradecer ao PR a situação caótica que criou para as levar ao poder, responsabilizam a vítima pela leviandade da decisão do algoz.
Marcelo, enredado nos cenários que traçou para derrubar o PM, não hesitou em pôr na sua boca o pedido do conciliábulo com a PGR, pedido notoriamente falso.
E foi precisa a conjugação da aventureira dissolução da AR e do desmascaramento da mentira sobre a reunião com a PGR para poupar os portugueses à presença do PR nos telejornais desde há dois dias.
Que raio de país é este?
(C E)